terça-feira, 3 de agosto de 2010

Globalizar os humanos







A inquietação filosófica sempre esteve presente no que se  trata da racionalidade humana. Somos por natureza inquietos e queremos saber o motivo de tal acontecimento, a origem da vida, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos.
A internet traz o mundo para estar perto de você, acabou-se as fronteiras e assim corre o risco de não aceitar as regras de tal país. Pensar que todos pensam da mesma forma é estar fora do mundo, refugiado na ilha da ignorância e naufragando como marinheiro de primeira viagem. Estamos acompanhando aí pelos meios de comunicação, depois de sete anos a retirada das tropas americanas do Iraque, segundo o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O que o  anterior havia dito que seria rápido, seu conhecimento de tempo e espaço deixa muito à desejar.
Em nome do mesmo massacra-se pessoas, ignora-se os contextos e o que se prega, é a cultura única. Beba Coca Cola já foi lema que bombardeava nossas casas, nossas escolas, enfim, tudo à nossa volta. Não digo que acabou, mas aos poucos vai formando-se uma consciência crítica, não aceitando tudo, mas questionando as ideias colocadas.
Fala-se em globalização e não em globalizar os humanos. Seria o mais correto, pois quando se pensa numa potência mundial, não pensa em potencializar o humano, no sentido de fazer com que tais seres racionais, cresçam, em humanidade. Realmente tenham sentimentos e não sejam tão frios como pedras que encontramos no caminho.
Questiona a produção, mas não valoriza-se a capacidade de tais seres humanos. A pessoa é caracterizada boa pelo que ela produz e não pelo que ela é. Ser valorizado pelo que faz e não o seu ser. Quando o lucro está acima do humano perde-se a essência do ser, no sentido de encontrá-la e valorizá-la como ela deve ser valorizada. Quando aprendermos que não se pode comer dinheiro, espero que não seja tarde para vermos as mazelas feitas.
Globalizar, investir, renovar, inovar, atender, aperfeiçoar, produzir, administrar, competir, derrubar, enfim, tais ações que a lei do mercado exige dos seus seguidores. Derrubar a concorrência para manter-se vivo nesta selva do consumismo.
Onde estamos e onde iremos? Tudo é tão rápido e tão provisório e diante de tal contexto penso: que façamos dos nossos relacionamentos oportunidades de aprofundarmos a nossa humanidade e que não seja efêmero o que sentimos, mas marcante e mesmo que não paramos o tempo, temos sempre na nossa mente, o tempo que por um 'momento' parou. Parou, porque as preocupações ficaram em segundo plano, o fracasso deu lugar para as novas oportunidades.
Globalizemos nossa humanidade. Sejamos gente e não máquinas.